segunda-feira, 14 de junho de 2010

Harmonização

Boa tarde pessoal, falando-se em música não podemos deixar de falar sobre o tema HARMONIZAÇÃO. Então, vamos lá.
Vou dividir esta postagem em 4 partes, Começarei falando sobre conceitos e definições, depois campo harmônico, agrupamentos harmônicos e por fim, dicas de harmonização.

Parte 01 - Harmonização - Conceitos e Definições

MÚSICA
Música, segundo aprendi com o maestro Daniel, da Banda de Música, hoje Orquestra, Som de Esperança, é arte e ciência de combinar os sons de maneira a tornar o canto agradável ao ouvido. Arte na manifestação do belo por meio dos sons, e ciência na produção dos sons, segundo leis estabelecidas universalmente. Mas, há quem resuma poética e simplesmente que é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma por meio dos sons.
A música divide-se em 3 partes fundamentais, que são:
Melodia: que é a combinação dos sons quando são executados uns após os outros formando um sentido inteligível;
Harmonia: é a combinação dos sons quando são executados juntamente (dois ou mais sons), formando um conjunto que soam como se fossem um só.
Ritmo: é a arte de combinar os sons, subdividi-los e organiza-los dentro de determinados espaços de tempo, criando uma variação de estilos e forma de executa-los.
As propriedades da música e suas diversas variações foram criadas em função de tempo e de combinações. O princípio gerador das combinações é uma seqüência de sete notas
(sons), que é chamada Escala Base. DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Que se repetem quase que infinitamente tanto no sentido positivo (ascendente (à)) quanto no sentido negativo (descendente (ß)).
Damos o nome de Agudos aos sons Ascendentes e Graves aos sons descendentes. Criou-se, para efeito de organização, uma definição que todo os sons são gerados à partir do DÓ chamado central no piano. Sendo sua freqüência variável em 4,100 Hz. Daí partimos em ambos os sentidos formando as escalas.
Como estas sete notas têm um combinação perfeita, mas que partindo de outra nota que não seja o DÓ central, dá se a impressão de que não forma o mesmo sentido. Daí criou-se os intervalos, que são notas que estão entre as sete notas convencionais. Para representa-los, das sete notas existentes, dividiram-se cinco, formando uma escala de doze notas.
DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI
SI – SIb – LÁ – LÁb – SOL – SOLb – FÁ – MI – MIb – RÉ – Réb - DÓ.
Sendo: # (sustenidos) em sentido ascendente e b (bemóis) em sentido decrescente.
À essa Escala de doze notas, damos o nome de Escala Cromática, Diatônica ou Semitônica. A menor distância que existe entre uma nota (som) e outra(o) é chamada
de SEMITOM, e a distância entre duas nota é chamada de TOM. Observe:
DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI – DÓ (Reinício) ST ST ST ST ETC...
Observe que a distância entre Dó e Dó# é de meio tom ou um semitom, e a distância entre Dó e Ré e de um tom. A distância entre Dó e Ré# e de um tom e meio, a distância entre Ré e Fá# é de dois tons e assim por diante, soma-se de meio em meios-tons e descobre-se a distância entre as notas da Escala.
Cada nota de uma Escala é chamada de Grau dessa Escala. Dentro da Escala Natural – de sete notas há sete Escalas. E na Escala Diatônica existem doze Escalas naturais. Para descobrir cada Escala, basta iniciarmos de quaisquer das sete ou doze notas das Escalas e percorrermos o caminho, conforme escala padrão natural. Observe abaixo:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
T T ST T T T ST
ONDE:
T (um tom) e ST (semitom)
Se iniciarmos uma Escala em Ré, teremos:
RÉ – MI – FÁ# – SOL – LÁ – SI – DÓ# - RÉ
T T ST T T T ST
Esta escala será chamada Escala Natural de Ré, porque começa com a nota Ré. E assim por diante... a escala que começa em Dó será chamada de Dó, etc. Baseado na Escala Natural podemos criar variações e assim através disto descobrir novas possibilidades de combinações. Harmonização Ú é a propriedade da música que tem como objetivo combinar e organizar os sons de maneira que formem um conjunto em harmonia (que soa bem aos ouvidos). Para definirmos o sentido de harmonização, tomaremos como exemplo o
acorde de DÓ MAIOR. O acorde de DÓ MAIOR é formado pela combinação de três sons: Dó – que é chamado tônica, porque é ele quem dá nome ao acorde e porque é o que soa mais destacado. Mi – que é chamado terça porque é o terceiro grau, partindo da tônica; Sol – é chamado Quinta porque é o quinto grau, partindo da tônica. Graus:
Usamos a escala cromática de Dó maior como exemplo.
Escala cromática de dó maior:
Notas: DO DO# RE RE# MI FA FA# SOL SOL# LA LA# SI
________1º________2º______3º__4º________5º________6º_______maj7º

Nomenclatura dos graus:___________________Símbolos:
1º Tônica__________________________________T
2º-Segunda menor___________________________2m
2º segunda maior____________________________2M
3º-terça menor______________________________3m
3º terça maior_______________________________3M
4º justa_____________________________________4J
5º-diminuta__________________________________5º
5º Justa_____________________________________5J
5º# quinta aumentada__________________________5#
6º sexta maior________________________________6M
7º-sétima menor______________________________7m
7º-sétima maior_______________________________maj7

Os acordes (harmonias) são nada mais que pilhas de notas que pertencem a mesma escala. Para isso vamos dispor a escala de Dó maior assim:
Partindo do primeiro grau:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Partindo do terceiro grau:
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
Partindo do quinto grau:
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
As notas empilhadas ficam assim:
DO = MI = SOL: DO Maior
RE = FA = LA: RE Menor
MI = SOL = SI: MI Menor
FA = LA = DO: FA Maior
SOL = SI = RE: SOL Maior
LA = DO = MI: LA Menor
SI = RE = FA: SI Menor c/ quinta menor

Existem dois tipos de harmonias:
Tríades: que é formada por três graus da escala, no caso de Dó maior:
DÓ: Tônica do acorde
MI: Terça do acorde
SOL: Quinta do acorde
A tríade é um tipo de harmonia consonante, porque seus graus combinamse
perfeitamente, formando um som definido.

Tétrades: que é formada por quatro graus da escala, no caso de Dó maior:
DÓ: Tônica do acorde
MI: Terça do acorde
SOL: Quinta do acorde
SI: Sétima do acorde
A tríade é um tipo de harmonia dissonante, porque seus graus quando
soam juntos dão um idéia de desarmonia, mas pertencem à mesma
escala.

Maior ou menor ?
Um acorde é maior quando sua Terça (terceiro grau) é maior.
Para que seja maior é preciso observar a seguinte regra:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
1t 1t ½t 1t 1t 1t ½t
Observe o caminho que fez a escala de Dó maior, conforme explicado anteriormente.
Um tom de Dó à Ré, um tom de Ré à Mi, meio tom (semitom) de Mi à Fá, um tom de Fá à Sol, um tom de Sol à Lá, um tom de Lá à Si e meio tom de Si à 8ª (Dó). Agora contado de Dó (1º grau) a Mi (3º grau) são exatamente dois tons. Então quando a distância entre a Tônica e a Terça forem de dois tons, a Terça será maior. Agora conte da Tônica até a 5ª (Sol), serão três tons e meio. Quando a distância entre a tônica e a 5ª forem de três tons e meio a 5ª será maior. Confira:
Todo acorde, como já vimos anteriormente, é formado por três graus maiores, que são: 1º (tônica), 3º (Terça) e 5º (Quinta). Então a tríade de Dó maior será:
(Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó)
DO
Mi
Sol
Quando a Terça de um acorde for menor (se a distância entre a tônica e a Terça for de um tom e meio) o acorde também será menor. Veja no exemplo:
(Dó - Ré - Mib - Fá - Sol - Láb - Si - Dó)
DO
Mi bemol (ou Ré sustenido)
Sol
Sustenido e bemol são formas diferentes de representar os semitons.

Enquanto sustenido (#) representa meio tom subindo na escala, bemol (b) significa meio tom descendo na escala. Existem uma vasta complexidade na harmonização, isto dá-se porque existem infinitas combinações. Mas cada tipo de harmonia têm um escala
como origem. Para defini-las foi preciso criar escalas, que são chamadas gregas, pois
têm seu princípio baseado nos estudos da música grega. São elas:
Jônio
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Dórico
RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
Frígio
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Lídio
FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
Mixolídio
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL
Aeólio
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ
Lócrio
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Toda escala, como já foi explicado, têm sua formação na escala
Cromática:
DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI

TÉTRADES (DISSONANTES)
Toda tétrade, como já vimos, têm como formação quatro graus. E esses graus seguem o mesmo padrão da tríade, ou seja, são notas empilhadas, que, de acordo com sua posição terão um nome específico. Ex.:
A tétrade de Dó maior
Escala natural maior: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Começando da Tônica: MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Começando da Terça: SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL
Começando da Quinta: SI – DÓ– RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Então vemos que a tétrade de Dó maior formada pelo empilhamento das notas, sequenciando de três em três graus, formamos um acorde maior com uma sétima maior.
C7M
Vamos analisar as tríades
Como já vimos, a tríade é formada por três graus (1º, 5º e 6º graus). A tríade muda de nome de acordo com sua formação:
Para mudarmos sua formação devemos analisar os intervalos que existem entre um grau e outro. Vejamos:
DÓ – DÓ# – RÉ – RÉ# – MI – FÁ – FÁ# – SOL – SOL# – LÁ – LÁ# – SI – DÓ
Como já podemos observar, a escala acima é uma escala cromática. Que é formada por semitons, e por ela ter começado em DÓ será chamada de escala cromática de DÓ MAIOR. Como mostra a tabela acima os graus dependem do acidente (# ou b) para serem identificados. Se for # (sustenido) serão maiores ou aumentados. Se for b (bemol) serão menores ou diminutos. Trabalhando com as tríades veremos que existem quatro tipos delas:

TRÍADE NATURAL
1ª) sendo:
DÓ: T (tônica)
MI: 3ª (Terça maior)
SOL: 5ª (Quinta maior)

TRÍADE MENOR
DÓ: T (tônica)
Mib: 3ª (Terça menor)
SOL: 5ª (Quinta maior)

TRÍADE AUMENTADA
DÓ: T (tônica)
MI: 3ª (Terça maior)
SOL#: 5ª (Quinta aumentada)

TRÍADE DIMINUTA
DÓ: T (tônica)
Mib: 3ª (Terça menor)
SOLb: 5ª (Quinta diminuta)
Vamos analisar agora as tétrades

A tétrade têm sua formação parecida e originária da tríade, só que com um grau a mais. Esse grau é justamente uma Terça maior (partindo da Quinta)exemplo:
Partindo da Tônica:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
2 tons - então é uma Terça maior
Partindo do terceiro grau:
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
1 tom e ½ - então é uma Terça menor
Partindo do quinto grau:
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ
2 tons - então esta é uma Terça maior.
Empilhando as notas
DÓ–RÉ–MI–FÁ–SoL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL- LÁ–SI
MI–FÁ–SOL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ–SI-DÓ– RÉ
SOL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ–SI–DÓ– RÉ–MI–FÁ
SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ
Nova seqüência partindo do sétimo grau. Dessa forma nós temos as tétrades de Dó maior. E seus nomes serão:
As notas empilhadas ficam assim:
DO = MI = SOL = SI: DO c/ sétima Maior
RE = FA = LA = DO: RE Menor c/ sétima menor
MI = SOL = SI = RE: MI Menor c/ sétima menor
FA = LA = DO = MI: FA c/ sétima Maior
SOL = SI = RE = FA: SOL Maior c/ sétima menor
LA = DO = MI = SOL: LA Menor c/ sétima menor
SI = RE = FA = LA: SI Menor c/ quinta menor e sétima menor
Outros tipos de escalas:
CROMÁTICA
A escala cromática é formada por ½ e ½ tons, isto chama-se simetria,
porque são distâncias iguais.
HEXAFÔNICA
Agora temos a escala hexafônica.
A escala hexafônica é formada de tom em tons:
DÓ – RÉ – MI – FÁ# - SOL# - LÁ# - DÓ
DIMINUTA
Formada de um tom e meio consecutivos:
DÓ – RÉ – MIb - MI- FÁ – SOLb – LÁb - SIbb – DÓ
PENTATÔNICA
A escala pentatônica origina-se da escala maior, na verdade é uma escala
maior sem os 4º e 7º graus:
Exemplo:
Escala maior (modo Jônio)
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Escala pentatônica maior
DÓ – RÉ – MI – SOL – LÁ
Diz-se pentatônica porque é formada de apenas 5 graus. Existem também as escalas harmônicas e melódicas. Estas escalas são muito usadas porque geram uma série importantes de novas combinações harmônicas. Mas para que se possa entender, preste
atenção na explicação abaixo. Toda escala maior têm uma outra escala dentro dela, que é uma escala menor. E essa escala têm sua formação baseada da mesma forma que a
tríade. A essa escala damos o nome de escala relativa e que começa no sexto (6º) grau da escala natural maior. Veja no exemplo abaixo:
Escala natural maior de Dó maior
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
(– LÁ – )Aqui começa a escala relativa menor.
Então a escala relativa menor de Dó maior será:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ
1t ½t 1t 1t ½t 1t 1t
Como você pode notar ela começa em Lá, portanto será a escala de Lá menor.
Mas voltando às escalas Harmônicas e Melódicas...
Harmônicas
A escala harmônica é a mesma relativa, só que com o sétimo grau alterado. Ex.:
_______LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL # Sendo__T___2ª M_3ªm__4J__5J___6m___7ªM
Analisando a escala:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL # – LÁ
1t ½t 1t 1t ½t 1t ½t
Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Terça forem menor que dois tons a Terça será uma Terça menor, é o caso desta escala. Ela é uma escala menor por esta razão. Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Quinta forem de três tons
e meio a Quinta será uma maior. Neste caso a Quinta desta escala será uma Quinta maior.
Agora vamos empilhar as notas:
Partindo do primeiro grau:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ
Partindo do terceiro grau:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ
Partindo do quinto grau:
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Dispondo-os em ordem, a tríade de Lá menor será:
LA – DO – MI: lá menor
SI – RE – FA: si meio diminuto
DO – MI – SOL: do Maior
RE – FA – LA: re menor
MI – SOL – SI: mi menor
FA – LA – DO: fá Maior
SOL# - SI – RE: sol# diminuta
LA – DO – MI: lá menor
Agora o empilhamento para a descrição das tétrades:
Partindo do primeiro grau:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ
Partindo do terceiro grau:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ
Partindo do quinto grau:
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Partindo do sétimo grau:
SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL#
Dispondo-os em ordem, a tétrade de Lá menor será:
LA – DO – MI – SOL#: lá menor com sétima Maior
SI – RE – FA - LA: si meio diminuto
DO – MI – SOL# - SI: do Maior com 5 aumentada e sétima Maior
RE – FA – LA - DO: re menor com sétima e décima primeira aumentada
MI – SOL# – SI - RE: mi Maior com sétima Maior
FA – LA – DO - MI: fá Maior com sétima Maior
SOL# - SI – RE - FA: sol# diminuta
LA – DO – MI – SOL#: lá menor com sétima Maior

Se você observar nas escala gregas (Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Aeólio e Lócrio), que estão na página 4, vai ver que a escala relativa menor chama-se Aeólio na escala de Dó maior. Mas devido à alteração que ela sofreu no sétimo grau (sol#), na Tétrade ela se chamará:
Aeólio7+ (Aeólio com sétima maior)
A sétima será chamada maior porque o sol é sustenido. Veja no quadro de graus na página 05. A escala harmônica então terá o nome de AEÓLIO7+. Agora, se separarmos os modos, começando da harmônica (AEÓLIO7+), teremos os agrupamentos harmônicos da relativa menor de Dó, no nosso caso é a Lá menor (6º grau da escala de Dó):
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ: modo AEÓLIO7+
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI: modo LÓCRIO6
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ: modo JÔNIO5#
RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ: modo DÓRICO4#
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI: modo MIXOLÍDIO6b9b
FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ: modo LÍDIO9
SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL# : ALT6/DIMINUTA
Veja só uma nova escala (ALT6/diminuta). Explicando-a:
Esta escala têm nome de escala diminuta (ALT significa alterado), então ela é uma escala diminuta alterada. Na verdade ela não é bem uma diminuta, e sim um arpegio diminuto. E o nome de diminuta é uma referência à tríade, o 7º grau dobrado bemol.
(DIMINUTAS). Primeiro vamos entender o termo ALT (ALTERADA). Diz-se tríade alterada quando uma tríade vem acompanhada de:
2b/9b que é 2ª menor/9ª menor
2/9 que é 2ª aumentada/9ª aumentada que também é uma 3ª menor
5b/11 que é 5ª diminuta ou 11ª aumentada que também é uma 5ª diminuta 5/13b
6b ou 6m que é Sexta menor
Daí conclui-se que ALT se refere à:
SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL#
T__________3ªm______5ªdim____6ªm
Ou seja, neste acorde: modo que é o Sétimo grau da escala relativa menor, no caso uma escala harmônica, encontramos as características de ALT. Mas, simplificando, o ALT é uma escala que começa no 7º grau de uma escala relativa menor.

ESCALA MENOR MELÓDICA
A escala menor melódica é uma escala montada a partir da relativa menor, só que com os 6º e 7º graus aumentados. Veja no exemplo:
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ# – SOL# – LÁ
1t ½t 1t 1t 1t 1t ½t
E seus intervalos são: T 2M 3m 4J 5J 6M 7M
Se você montar a escala natural de Lá maior verá que a única diferença que há entre a maior e a menor melódica é a Terça, que é maior na maior, e menor na menor melódica. Conclusão: para tornar um acorde maior em menor basta diminuir a sua Terça. Campo harmônico da menor melódica
Tétrades
Graus:
LA – DO – MI – SOL#: dórico 7 +_____Am7+
SI – RE - FA# - LA: Frígio 6 _________Bm7
DO – MI – SOL# - SI: Lídio 7/5#______C7/5#
RE – FA# - LA – DO: mixolidio 4#____D7
MI – SOL# - SI – RE: mixolidio 6b____E7
FA# - LA – DO – MI: Locrio 9_______F#º
SOL# - SI – RE – FA#: Superior IO ou ALT7____G#º
Vamos agora trabalhar com as escalas gregas. Combinando-as.
Dispondo as escalas gregas, temos (as maiores):
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ: modo Jônio
RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ: modo Dórico
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI: modo Frígio
FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ: modo Lídio
SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL: modo Mixolídio
LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL– LÁ: modo Aeólio
SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL– LÁ– SI: modo Lócrio

REPRESENTAÇÕES – SINAIS GRÁFICOS
Para representar os acordes foram criados sinais. As cifras (nome dos
acordes) são identificadas por letras.
A B C D E F G
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
E sinais como:
M - maior
+ - maior (quando estiver na frente dos 7º e 14º graus) e aumentada
quando estiver na frente dos demais graus ou acordes (cifras).
– - menor
m - menor
sus à acorde suspenso
º diminuto (quando estiver na frente de cifras) e grau (quando estiver na
frente de números que representam os graus da escala.
# - sustenido
b - bemol
x - duplo sustenido (natural da escala)
bb - duplo bemol (natural da escala)
( ) - atenção !
(add) - acorde que não contém um dos graus que compõe a tríade,
suprimida temporariamente durante a execução. Ex.: Dadd (Fá# - Lá)
Ø - meio diminuto. (tríade diminuta que contém o sétimo grau menor)
/ acorde com baixo ou estrutura alterada. Ex.: D (Ré – Fá# - Lá) estrutura
normal D/A (Lá – Ré – Fá#) estrutura alterada (graus invertidos).

Transposição:
Transposição é quando queremos transportar uma música, tocada em um acorde qualquer, para ser tocada em outro acorde. Exemplo: Temos uma música tocada em C (dó maior) e queremos toca-la em E (mi maior).
Então conte quantos tons tem de C a E Dois tons Escala do acorde da música:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Escala que queremos tocar:
MI – FÁ# – SOL# – LÁ – SI – DÓ#– RÉ#– MI
Acordes comuns (exemplo) na música tocada em Dó maior
C7+ G/B C5+ Am Am/G F7+ G7 C7 F G E Dm7 G#7+ Gm7
Contando dois tons (isto vale para todos os acorde comuns).
C7+ = E7+
G/B = B7+
C5+ = E5+
Am = C#m
Am/G = C#m/B
F7+ = A7+
G7 = B7
C7 = E7
F = A
B = B
E = G#
Dm7 = F#m7
G#7+ = C7+
Gm7 = Bm7
MODULAÇÃO:
Modulação é quando uma música é tocada usando os acordes que pertencem ao campo harmônico do acorde usado, e num determinado trecho a melodia da música exige um outro acorde, que pertence ao campo harmônico de outro acorde.

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